terça-feira, 19 de agosto de 2008

Estou posto.

Acordo, o julgamento está posto. Bebeu antes de dormir, ressaca, dormiu de cueca, saudade, dormiu fora de casa, safado, não dormiu, tristonho, dormiu demais, vagabundo, acordou triste...

Saio de casa, o julgamento está posto. Cabelo penteado, tá atrasado, barba mal feita, é preguiçoso, barba por fazer, é relaxado, barba de Dom Pedro, é maluco, cabelo oleoso, é feio, roupa impecável, é viado, roupa mal passada, é bêbado...

Entro no ônibus, o julgamento está posto. Sentou no meio do banco, é gordo, banco alto, é criança, sentou no canto, é sozinho, sentou atrás, é bandido, sentou na frente, é medroso, abriu o jornal, eu vou ler, abriu metade, é egoísta, abriu um livro, é intelectual, Paulo Coelho, é...

Chego no trabalho, o julgamento está posto. Chegou atrasado, demitido, fez tudo errado, demitido, perdeu prazo, demitido, pé na mesa, demitido, foi mal tratado, não reclama que ainda não foi demitido, reclamou, demitido.

Ando na rua, o julgamento está posto. Ela passa e não me olha, eu passo e não cumprimento, ela passa sem saudade, eu passo sem amizade, ela chora e vai embora, eu choro e vou para casa.

Chego em casa, bebo antes de dormir, tiro a roupa, saio de casa, viro a noite, amanhã é sábado, amanhã eu me iludo e hoje durmo feliz.

O primeiro poema

“Dos olhos dele a poesia irradia
E ofusca meus olhos
Com o mesmo poder deste sol
Que invade sem cerimônias minha janela
O lugar onde estou não importa
A hora da chegada é partida
E tua inquietude me liberta
Ao tornar-se certa e incômoda
Se o nome disso é beleza
Não sei dizer
Mas uma coisa é fato
Teus olhos me conduzem
A sutilezas inebriantes que só nós dois podemos ver.”

18.08.2008 - 07:08h

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Poesia e melodia

Desculpe-me intrometer sem avisar
Mas não paro de me perguntar
Algum de vocês é capaz de criar
Um mar de notas onde eu possa nadar?

Sei da pobreza de minha rima
Mas feito em cima tudo a cima
Sendo bem ou sendo mal
Respondão a pergunta namoral

Assalta-me

Assalta-me!
Rouba-me o coração
que pulsa em meu peito,
desvairado.
E depois
diga-me que não me ama.
Minha alma é poeira em teu chão.

(27.06.2008)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

11º Mês

Eu Sempre quis ser apenas Feliz,
Ai! como eu sempre Quis!
Ser Amado! Ser Desejado!
Ser Domesticado! Ser Domado!

Que Mulher Seria?
A que me satisfaria!
E que por inteira me teria!
Dificil seria Saber Quando, Como e Porque.

O Melhor Veio acontecer,
A Mulher Caiu em mim,
O Tempo lapidou e nos Tomou.
E o Amor veio e nos Dominou.

A Mulher me conquistou,
E me levou, contigo,
Até me catequisou...
Hoje Feliz eu sou.

[F.B. 2005 • P/Olga]

sábado, 9 de agosto de 2008

Agradecimento

Obrigado primeiramente a Deus,
Por ter lhe posto no meu caminho,
Depois a sua mãe,
E depois mais adiante a dança,
E mais adiante ainda ao próprio Bill Gates.
Que sejamos felizes enquanto dure,
E que seja gostoso o tempo que se passe.
Sem dúvida você é especial,
É uma mulher sensacional e merece um cara legal,
Sorte a minha você ter quebrado a asa,
E sorte também minha de você ter acertado minha cabeça,
E para que não escureça,
Precisamos acender,
Pode ser uma luz
Ou até mesmo um sinal de fumaça,
Portanto que acabe tudo em graça,
Já que a vida nos ensina
Que a felicidade temos que aproveitar
Se não ela passa...
Aproveite comigo!

[F.B. 2006 • P/Olga]

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Ato

Você usando de suas habilidades
Chegando ao melhor andamento do coração
Com o amor a todo
Chega ao momento
Onde vocês se misturam
Não definindo quem é quem
Ou o que é o que
Assim você passa por instantes falecidos
Chegando ao céu
Podendo voltar e perceber
Que a pessoa amada
Ainda se encontra ao seu lado
Conseguindo assim o prazer máximo
Sem explicações
Só sei que dessa forma
Posso dizer por um instante
Que esse é
O Ato do Amor!!!

[F.B. 10/09/2002 • 1:05]

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pedido

Quero levantar-me e andar
Mas se levanto não me agüento
Então me deito e continuo na espera
Do término desta guerra
Onde a derrota é inevitável
Mera questão de tempo
Quanto a mim não se preocupe
Cuide
Pois as mãos já não me servem
Tirai-me logo deste adorno
Pois nunca saberás como me sinto
A não ser que invés de água
Mates tua sede com absinto
Te jogues de um precipício
E leve o resto de tua vida
Caindo, caindo e caindo

Andando-te

Dito o passo
Não me calo
Nem me afasto
Do teu riso

Fito o caso
Por acaso
No compasso
Do teu guizo

Me amasso
No teu braço
Num abraço
Bem preciso

Já me faço
Em teu laço
Entrelaço
Porque sinto

(Andando-te pela madrugada - 04.12.2006)