quarta-feira, 28 de maio de 2008

mesmo que...

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Quando se foi...

Eu deixei aquele alguém partir, fechou-se a porta e a esperança! O nunca mais existe!...
Quando permaneceste parecia que o tempo era errado, eu tão segura de mim, diante da minha verdade e do meu jeito... Deixei me levar pela minha extrema/externa confiança em mim mesma...
Sem culpa minha mente busca formas de não mais estar, voar!... E basta apenas querer para que em menos tempo já não mais... Passado! Agi, impulso ou não, as coisas mudaram...
E... Por que de repente não foi como eu pensava que ia ser? Eu fiz exatamente o que premeditei, fui sincera... Você se foi!... Não era isso que eu desejava?
Que falta é essa que me abate? Que sentimento impar é esse que me faz sentir saudade? – Que egoísmo o meu... Você existia... Era parte de mim e, agora onde está?... O não voltar existe!...
Depois daquela hora em que tanto esperei me deparo com justificativas: Mas, você não era pra mim... Ah, não era a hora!... Ah, eu perdi alguém que eu amava... Ah, agora é tarde demais! (...) E o tarde existe!...
Há pessoas que só “caem a ficha” quando perdem outras que lhe são caras e, isso custa o ir embora... E alguns casos já não mais adiantam! Sorte daqueles que conseguem reverter uma situação, resgatarem o que perderam, mas em casos contrários existe o NUNCA MAIS... Até dizem que as verdadeiras histórias de amor são aquelas que nunca se concretizam...
Tantos casos, tantas pessoas... E o não mais! – Nunca diga nunca – pode ser que ele exista! Assim como existem possibilidades, hipóteses...
Minha culpa, minha tão dolorida culpa... Ele se foi!... Bateu a porta com sutileza e me disse: Esperei que um dia você entendesse; entendeu tarde demais!...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Rabiscos

ponto - traço - reta - linha
traço - curvo - ponto - em - cruz
linha - penso - traço - reta
Penso - traço - digo - reta

...falta-me a palavra,
sobram-me pensares.
...me resta rabiscar...

linha - traço - reta - fuga
ponto - borro - traço - em - cruz

quinta-feira, 22 de maio de 2008


“- Ana, me ensina um poema?
- Só se você me disser com quantas notas se faz um grande amor.


O poema vem aos poucos
Como a tarde que cai ainda agora
Deixando tudo pra trás no mesmo tom de negro
É perigoso fazer um poema nesse momento
Onde já não é noite
E onde ainda é dia
Meio termo do tempo que transforma toda temperatura
Porque à tarde sempre tem brisa
E é quando eu sento no balanço do meu quintal quieta
E descubro como são bonitos os sons da minha rua
Por instantes esqueço o quão chato foi meu dia
Que não tenho um grande amor
E que a noite já virá certeira me trazendo o fel da dúvida
Deixo as palavras me visitarem
E não procuro saber de onde elas vieram
Faz tempo que não nos encontramos
Mas grandes amigas que somos
Não perdemos o genuíno contato
Eu não pergunto o que elas andaram fazendo
Ou com quem estiveram se relacionando
As observo chegarem tranqüilas
Como observo a brincadeira dos meus cachorros na grama


Nesse momento eles são felizes
E por quase um segundo eu também.”

(.No cair da tarde. 18:17h)


terça-feira, 20 de maio de 2008

Pula!

Pula essa corda, pula!
Chuta essa bola, vai!
Engole esse bico, disfarça o desgosto,
...Pula essa corda, vai...

Pula no mar, pula!
Nada até a praia, vai...
Finge que a água não tá tão gelada,
...Cospe esse medo, vai...

Foge depressa que a onda te puxa.
Enterra esse escárnio, procura a verdade.
Não olha de lado! Esconde o espanto...
...Segue adiante que o medo de ser
não vai te afogar.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

"Tudo de bom que você me fizer faz minha rima ficar mais rara."

“Apesar de tudo, às vezes eu invento de me apaixonar rapidinho, como quem vai ali na feira em frente de casa comprar um saco de laranjas maduras. Às vezes é tudo planejado, e às vezes as coisas fogem do plano. Às vezes eu consigo acertar o final e às vezes mesmo que eu não queira, sai tudo diferente e eu ainda sofro por amar demais. Essas paixões são coisas rápidas mesmo, super voláteis, a ponto da outra pessoa nem sequer imaginar que foi alvo de um amor platônico e passageiro. Eu gosto e não gosto quando isso acontece. Gosto porque me distrai e eu fico mais acesa pras coisas da vida e pros sentimentos que eu gosto tanto. Gosto porque me sinto viva e isso resulta em textos frondosos como a mangueira do meu quintal. Gosto porque me deixa com um sabor de segredo na boca e se tem coisa que me delicia é sabor de mistério na língua. Gosto porque invento mil cenários onde tudo acontece milhões de vezes até sair perfeito e porque nesse cenário eu sou mais divertida e irresistível do que o costume. Gosto porque é uma forma de passar o tempo de forma poética e segura. Gosto porque me sinto um pouco longe de casa e se tem coisa que eu adoro é gostinho de novidade. Gosto porque parece que eu estou fazendo alguma coisa errada, mas na verdade eu não to fazendo nada mais que utilizar minha imaginação de uma forma um pouco mais despudorada. E gosto também porque na maioria das vezes eu consigo ver o olho da outra pessoa brilhar e isso me excita mais do que qualquer outra coisa na vida. A parte que eu não gosto fica por conta dessa necessidade que eu tenho de querer estar sempre apaixonada por coisas e pessoas que não existem nesse mundo. Eu invento personagens. Me apaixono por elas. Depois descubro que foi tudo imaginação minha e parto pra outra sem a menor cerimônia. Uma descortinando a outra. Uma me distraindo da outra. Pulo de galho em galho até voltar pra casa pros braços do meu amor, que me espera sempre de braços abertos. Talvez porque ele não saiba das minhas escapulidas imaginadas. Talvez por isso mesmo e por serem justamente e simplesmente fruto dessa minha imaginação fustigada e imprópria para maiores apaixonados. E eu volto pra casa tranqüila e com saudades do meu amor pra sempre, que me acompanha pra onde quer que eu vá. Que me mostra toda a beleza e infinitude de um amor bem amado, sem data certa pra acabar. Um amor que também já foi uma dessas paixões de momento, mas que soube ser esperto o bastante para me fazer querer ficar.”

(.Mentira.)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nem todo nó espera um laço, mas ai dele se desatar por si só: me sai o sapato, tropeço, despenco. Se fosse só enlaçado, escaparia mais fácil... Mas, com nó?!... Com nó não há descaso. Passada firme, sola rangendo; cardarço mastigado pelo medo de andar...

...Mas nós continuamos seguindo. Nós sempre nos seguindo...

Amarrados pela alma e inspirados para a coda, estamos sempre prontos pra desenbolar tudo de novo. Fica só o laço que nos une em sempre.

Sem nós, só o laço.

...Mas, se não fosse o nó, estaria descalço...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

¿Qual é a minha Second Life? ¿Qual é a sua?

Ultimamente tem uma coisa que chama muito a minha atenção e é uma sensação constante de que nada é efetivamente real. Ou seja que vivemos pendentes de algumas coisas que se tornam fundamentais para nossas vidas, as vivemos, experimentamos e sentimos como reais mas, lá no fundo há algo que me diz que não é bem assim.

Curioso foi ler um artigo que falava sobre um site na internet que seria algo assim como um jogo. É como um mundo virtual no qual Você cria um personagem (avatar se chama) e vive essa vida, essa segunda vida.

Engraçado é que neste site a personagem que Vc escolher pode ser qualquer coisa: um bicho, uma planta, um mutante, etc, etc... mas todo mundo é a mesma coisa, ou seja gente bonita, musculosa, magérrima y (segundo o artigo) com cyber genitais ( huahua!) ... além disto, todo mundo (que poderia voar, viajar ou ser algo assim como Harry Potter) trabalha... sim!!!!!!!!!!... trabalha e ganha dinheiro... Para que?!!!!???????... para comprar coisas... roupas, casas, e milhares de coisas mais, que, evidentemente não são necessárias... quanta coincidência, pensei...

Sempre parece mais fácil entender como somos quando vamos aos extremos... (por isso muito do que somos, do que somos nós, fica bem evidente numa prisão ou num manicômio...) e assim me vejo e vejo muitos de nós, atrás daquilo que já é nosso e não conseguimos vê-lo, e corremos atrás das necessidades esquizofrênicas que não são nada, mas podem ser tudo...

Então Second Life me pareceu algo assim como una amostra do que realmente somos... y desde então não paro de me perguntar qual é minha Second Life... qual é a minha esquizofrenia... será que sou um avatar de alguém que anda por ai jogando este jogo da vida?... No sei, mas creio que se não pararmos por aqui em breve estaremos vivendo como dentro de um espelho... como o homem que sonhava que estava sonhando, sonhando que sonhava e que sonhava... e assim... assim.. já nem sei por que me emociono... será que me emociono? Não importa... a resposta parece vir de outro lado... se é que ele existe... e não é parte da minha Second Life.



Photobucket

Calma ai...

Tantas são sempre muitas e nem sempre o bastante. E, Apesar de tal fartura, os detalhes abundam em escapar. Falta-me isso, sonho com aquilo... Mendigo um esdrúxulo compasso pra introdução funcionar desde o início.

Não vai funcionar...

Calma aí! Apaga essa escrita, segura direito a caneta e vê se acerta a lixeira; não tô aqui pra catar desalento.

...onde?

Se aporta em um laço, eu amarro. Se desponta de um traço, eu junto. Vindo de um sorriso largo, aperto, quase amasso, e faço como que fingisse predizer uma certeza: olhar altivo, testa franzida, mão no queixo...

Porra nenhuma!! No final, já me esqueci do quê e volto de novo ao começo!