quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sinestesido

É difícil sentir teu gosto entre o silêncio e o cheiro da cor dos teus olhos.
Te amo no fundo, catando em zigue-zague os teus cílios que sobraram em mim, lamendo os teus gemidos, gemendo os teus aromas. Na gravidade da textura da tua nuca eu acordei. Seco, seu, tão.

Maldita sinestesia. Sinestesua, sinestecrua; sinestecria.

Não temos pilares nem pilastras. Desenhamos nossas (des)estruturas com arcos catenários móbiles que dançam nos compassos de nossos gozos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Seja bem-vindo, Humberto.
Delícia de texto.

Beijo,
Ana B.

Anónimo disse...

Muito obrigado, Ana. Vida longa à nossa esquizofrenopoesia.

beijos,

Humebro