terça-feira, 24 de junho de 2008

O que me leio

Estico o verbo pra que aja por mim. Envergo a sílaba pra que me soe nova.
Dissolvo o predicado pra que não me engane mais.
...Me faltam vírgulas, me sobram aspas...

A partir de hoje, não vou mais interpretar o que me leio!
Ora, luto pra me parir de novo pra, amanhã, ter que entender tudo outra vez?!!
...Não, comigo não!...

Me estire um verso sobre a mesa e eu o cutelarei mil vezes;
mil pedaços, mil estragos.
Sem culpados.
...Cem mil estórias...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ler esse teu poema foi a melhor coisa do meu dia.

Beijo,
Ana B.